sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O QUE É O IMPRESSIONISMO

Impression du Soleil Levant - 1873 (Museu Marmottan, Paris) Quadro de Claude Monet que deu início ao Movimento Impressionista





























O Impressionismo é um movimento artístico surgido na França no século XIX que criou uma nova visão conceitual da natureza utilizando pinceladas soltas dando ênfase na luz e no movimento. Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da luz e da natureza.

A arte alegre e vibrante dos impressionistas enche os olhos de cor e luz. A presença dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa transparecem nas imagens criadas pelos impressionistas.


Os impressionistas retratam em suas telas os reflexos e efeitos que a luz do sol produz nas cores da natureza. A fonte das cores estava nos raios do sol. Uma mudança no ângulo destes raios implica na alteração de cores e tons. É comum um mesmo motivo ser retratado diversas vezes no mesmo local, porém com as variações causadas pela mudanças nas horas do dia e nas estações ao longo do ano.

O Impressionismo mostra a graciosidade das pinceladas, a intensidade das cores e a sensibilidade do artista, que em conjunto emocionam quem contempla suas obras.

Claude Monet (1840-1926) fez parte do movimento impressionista na França, que teve início em 1874 com a primeira exposição do grupo no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar. A denominação Impressionismo foi dada a partir de uma declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela de Monet Impression du Soleil Levant (ver quadro indicado na "Galeria dos Grandes Mestres", abaixo). O grupo ficou conhecido por realizar uma pintura ao ar livre, em frente ao motivo, numa nova concepção de pintura, de celebração dos espaços do mundo e da luz. Adotando um princípio dinâmico por excelência, o grupo também eliminou as referências mitológicas, religiosas e históricas para refletir a vida contemporânea e a nova Paris, as impressões momentâneas e fugazes de seu cotidiano.


Nymphéas - Claude Monet



As Nymphéas são oito quadros que Monet pintou no final da sua vida, destinados a proporcionar uma sensação de imersão dentro dos quadros. Trata-se de obras gigantescas que ocupam 2 salas ovais no museu, expressamente construído para as albergar. O museu é o Musée D’Orangerie, onde as mesmas permanecem guardadas. 


Ciclo de Conferências - A cidade na ficção brasileira




Terá início dia 3 de setembro, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., o VII Ciclo de Conferências de 2013, denominado “A cidade na ficção brasileira”, sob a coordenação do Acadêmico Alberto da Costa e Silva. A palestra de abertura será proferida pela escritora Barbara Freitag Rouanet, que falará sobre “As cidades formadoras de Clarice Lispector”. A conferência do dia 9 de setembro, segunda-feira, “O escritor na cidade: Machado de Assis e Lima Barreto”, estará a cargo da professora Walnice Nogueira Galvão. No dia 17 de setembro, o tema “Encontro e confronto com a cidade: ficção brasileira e experiência urbana” será abordado pelo Professor Renato Cordeiro Gomes. A conferência de encerramento, dia 24 de setembro, será feita pela professora Leticia Malard, que falará sobre “A rua, o cortiço e o sobrado no Rio de Aluísio Azevedo”.

O sonho de 50 anos


Carlos Heitor Cony



Quando da passagem do século (2000-2001), alguns jornais me procuraram para saber qual, em minha opinião, era o personagem mais importante dos últimos cem anos. Muitos haviam votado em Churchill, Fleming, Kennedy e (um absurdo) até em John Lennon. Votei em Martin Luther King e acho que votei certo.

Carlos Eduardo Lins da Silva, na edição de domingo da Folha, publicou e comentou o discurso de 28 de agosto de 1963, peça antológica que ficou famosa com o título "I haveadream".

Perante milhares dc pessoas em Washington, o pastor, que seria assassinado em 1968, condenou a segregação racial nos Estados Unidos e se ergueu a uma estatura humanista que colocou seu nome ao lado dos grandes vultos da história, como Sócrates, Cristo, Cícero, Montaigne, Gandhi, Rousseau e outros poucos.

Sócrates e Cristo nada deixaram escrito e, como Luther King, tiveram
morte violenta. Mas em todos eles havia um tom panfletário, e lembro Zola com seu "J'accuse!", um brado pessoal que o levou ao Panthéon, onde repousa ao lado de Voltaire, outro que se levantou contra a injustiça humana.

No caso de Luther King, ele falou pela humanidade em todos os tempos passados e futuros. "Tenho um sonho de que um dia cada vale será elevado, cada colina e montanha será nivelada, os lugares acidentados serão aplainados, os lugares tortos serão endireitados, a glória do Senhor será revelada e todos os seres a enxergarão juntos."

E em outro trecho: "Tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da irmandade". E finalizou seu discurso com a letra de uma canção negra: "Livres, enfim! Livres, enfim! Louvado seja Deus Todo-Poderoso. Estamos livres, enfim!".



Folha de S. Paulo (RJ), 27/8/2013

A Rede de Marina


Merval Pereira



Não é à toa que a ex-senadora Marina Silva aparece nas pesquisas de opinião como uma possível adversária direta da presidente Dilma na eleição de 2014, podendo chegar ao segundo turno e até vencer. Ao se recusar a prosseguir no jogo partidário que estava montado em 2010, mesmo depois de ter recebido quase 20 milhões de votos na eleição presidencial, ela estava antevendo esse movimento autônomo das ruas que rejeita as formas tradicionais de fazer política que dominam até mesmo o Partido Verde, que ela tentou levar para o caminho original e não conseguiu.

Também não foi um acaso ela chamar seu novo partido de REDE, foi por estar conectada com essa nova onda de movimentos sociais em rede, que o sociólogo Manuel Castells, talvez o maior estudioso desse fenômeno, chama de autocomunicação de massas, “plataforma tecnológica da cultura da autonomia”. Em seu novo livro “Redes de Indignação e Esperança”, lançado no Brasil pela editora Zahar, Castells diz que a partir dessa autonomia, as críticas e os sonhos do movimento se estendem à maior parte da sociedade.

Marina não pretende que seu partido domine os movimentos sociais, nem ser a representante desses movimentos no Poder. Ela quer tentar mudar a maneira de fazer política, em busca de um projeto de país, e não de poder, e para tanto espera refletir na realidade política brasileira os anseios desses movimentos sociais que estão nas ruas.

Ela não acredita que somente com a fisiologia se consiga montar uma base partidária de apoio ao governo, e confrontada com a realidade política do país, ela fala em uma “imprevisibilidade positiva”, a esperar que o novo Congresso a ser eleito em 2014 também reflita os anseios dessa nova sociedade que surgiu e mostrou-se nas ruas nos últimos dias.

Sem querer se dar ares de pitonisa, ela diz que já havia aventado a hipótese de que esses movimentos aconteceriam, no Brasil, a exemplo do que acontece no mundo, e está feliz que tenha começado a montar seu partido REDE bem antes de esses movimentos se materializarem “por que poderia parecer oportunismo”. Mas está se defrontando com a burocracia, com realidades políticas que talvez a impeçam de concretizar seu partido. Ela esclarece que o movimento de apresentar o pedido de inscrição da REDE ao TSE mesmo não tendo o número mínimo de assinaturas validadas pela Justiça Eleitoral é apenas uma maneira de chamar a atenção para as dificuldades burocráticas que vem encontrando, não um pedido de privilégios.

Os organizadores da REDE dizem que vários cartórios estão levando mais de 15 dias, prazo estipulado pela lei, para analisar as assinaturas. E milhares delas são rejeitadas sem explicações oficiais, Há também uma dificuldade para comparar assinaturas com as folhas de votação na última eleição, pois muitos jovens e idosos apóiam o novo partido mas não votaram. Os cartórios eleitorais simplesmente estão invalidando essas assinaturas. O REDE quer que essas assinaturas impugnadas sejam divulgadas e se não houver uma contestação do eleitor envolvido, sejam aprovadas, como determina a lei nesses casos.

A ex-senadora Marina Silva se recusa a discutir um plano B, pois entende que como seu novo partido não existe apenas no papel, e não foi criado para ganhar espaço no ministério do governo do momento, mas é fruto da mobilização de cidadãos, o TSE dará a aprovação para o funcionamento.

Manuel Castells, na parte do livro dedicada à análise das manifestações de junho no Brasil, diz que “a líder ecológica e progressista Marina Silva é a exceção entre os políticos”, está conectada aos novos anseios da população. Para ele, “os movimentos sociais em rede vão continuar a lutar, debater, evoluir e, por fim, a se dissolver em suas atuais condições de existência, como aconteceu com todos os movimentos sociais na História”.

Mesmo no caso improvável de se transformarem num ator político, num partido ou em alguma forma nova de agência, deixarão, por isso mesmo, de existir, analisa Castells, para quem “é muito cedo para avaliarmos o resultado final desses movimentos, embora já possamos dizer que regimes mudaram, instituições foram desafiadas e a crença no capitalismo financeiro global triunfante foi abalada, possivelmente de maneira irreversível, na mente da maioria das pessoas”.

Nesse mundo novo que as gerações mais jovens vêem como seu, “o que é irreversível no Brasil e no mundo é o empoderamento dos cidadãos, sua autonomia comunicativa e a consciência dos jovens de que tudo o que sabemos do futuro é que eles o farão. Mobil-izados”. É essa nova forma de atuar na política que Marina persegue.




O Globo, 28/8/2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

COMUNICADO SOBRE A ANTOLOGIA "O AMOR EM PALAVRAS"

Comunicamos que a antologia o "AMOR EM PALAVRAS" terá a qualidade da EDITORA PREMIUS e informamos que a Editora Premius está presente no mercado desde 1985. Faz livros, agendas, calendários, cartilhas, jornais, catálogos, folders, blocos… Pioneira no processo de criação e confecção de agendas e calendários, também destaca-se no mercado literário por incentivar, sobretudo, os escritores cearenses.

A marca Premius é reconhecida pelo padrão de qualidade utilizado em todo o processo de criação, confecção e acabamento, ou seja, desde a escolha do material, que garanta a sustentabilidade do meio ambiente, até a entrega do produto.

Para que esse processo seja sempre aperfeiçoado há um investimento contínuo em treinamento com pessoal, aquisição de máquinas planas de tecnologia de ponta, que garantam a precisão de cores, beleza, funcionalidade e segurança.Assim, cada produto final pode ser apresentado como referencial da marca Premius, cujo objetivo é encantar nossos clientes.


sábado, 3 de agosto de 2013

TODO AMOR É POUCO - TODO AMOR É LOUCO


"CERTEZA" - Francisco Deliane


RETORNO - POEMA DE FRANCISCO DELIANE




RETORNO


A rosa empalideceu, desidratou-se,

Sobre o criado mudo onde foi deixada 

Perdeu a cor, despetalou-se, morreu.

Testemunha extinta dapaixão inacabada.



A rosa, quieta e silente, inodora ficou.

O tempo inexorável extinguiu a rosa

Mas a memória enérgica da rosa resiste, 

Não é matéria, é consciência, é só lembrança.



Na vida tambémo amor assim como a rosa se esvai.

A rosa perdeu o brilho, entristecida por haver sido deixada, 

A dor a fez empalidecer, a tornou murcha, inodora e desidratada.



Na angustia dolorida do viver, porém,

O amorquando é amor, ainda que, esfacelado, insano...



Não desiste, singelamente resiste esperando a hora de voltares.

SOBRE POESIA E DINHEIRO


Sobre Poesia e Dinheiro


“Poesia não dá dinheiro.”

(...)

É. As reticências acima são para você pensar. Eu ainda estou pensando.

(...)

Não sou eu que afirmo isso. É a tendência do mercado editorial brasileiro. Já li, já escutei, já repeti – e escrevi essa frase, talvez, por não querer acreditar nela.

Analisando friamente, o que pode dar grana é romance, livro de contos, crônicas... Não poesia. A menos que você seja uma celebridade já consagrada e, de repente, apinhe um monte de palavras, atribua-lhes o gênero “poesia” e as publique em um livro – usando mais sua imagem e influência do que talento literário propriamente dito, isso é quase sempre um mito.

Outra coisa a se pensar: será que eu quero – apenas – ganhar dinheiro com a poesia? É certo que podemos e devemos ser remunerados por nosso trabalho (e escrever é um ofício como qualquer outro), mas daí pensar só no lucro literário... É decepcionante. O resultado será uma obra pré-fabricada, tendenciosa, contaminada pelo vil metal. Nem sei se quero isso. Princípio básico, gente: quem escreve, quer ser lido! Simples assim. Ser remunerado por isso, é conseqüência e justiça.

Tenho consciência de que existem autores – nem tão consagrados – que tem público para suas poesias. E desejo que eles se multipliquem. Mas eles são as belas exceções. Deus os proteja da má mídia. Aqui, falo das regras. Nem tão boas assim. Mas não quero estar certo ou errado. Esse texto está mais para um desabafo, que para pretensões literárias. Obrigado por me ler-escutar. Refletir e contribuir para a difusão de nossa literatura, um objetivo nobre. Meu país agradece.

Ah! Mas felicidade também não dá dinheiro.

(...)

(...)

E eu quero ser feliz do mesmo jeito...



(Guilherme Ramos, 30/05/2013, 12h47.)



Casa de Cláudio de Souza recebe encontro sobre “Poesia em sala de aula”


A Casa de Cláudio de Souza (Museu Imperial/Ibram) receberá um encontro sobre “Poesia em sala de aula”, com o escritor Alexandre Brito, autor do livro infantil “Museu Desmiolado”. O evento acontece no dia 07 de agosto, às 14h, com entrada franca, e é destinado a professores.

O encontro tem como objetivo apresentar ferramentas conceituais para um melhor entendimento da poesia, e, na mesma medida, exercitar tais instrumentos na prática a partir da análise de poemas representativos das tradições literárias brasileira e universal.

“Talvez a poesia seja o mais sedutor de todos os gêneros literários. Porém, exatamente o que o torna fascinante o transforma também num objeto tão ambíguo quanto enigmático, criando imensas dificuldades de ser tratado adequadamente dentro de sala de aula.Este embaraço induz o educador ao erro de tratar a poesia como se fosse prosa, a lidar com o poema com a linearidade de uma história ou um conto de fadas. Algumas noções de linguística e das teorias da comunicação podem ajudar com este dilema”, afirma Brito.

Alexandre Brito é escritor, poeta, músico, letrista, editor e produtor cultural. Nascido em Porto Alegre, cursou a faculdade de Filosofiana UFSC, em Florianópolis e estudou Músicaem Belo Horizonte. Participou de vários movimentos poéticos e integrou grupos culturais de literatura e poesia. Participa de eventos literários, feiras e atividades ligadas ao livro e à leitura em escolas, realizando palestras, participando de debates e ministrando poquet-cursos. Baseado em seus livros, promove oficinas criativas: Oficina Desmiolada, Oficina do Uakti e Oficina Mágica do Circo Mágico.

Publicou seu primeiro livro, “Visagens”, em 1986, e seu primeiro livro infantil, “Circo Mágico”,em 2007. "Circo Mágico" foi selecionado para integrar no ano de 2010 o PNBE-MEC e mais de 60 mil livros foram distribuídos em Bibliotecas Escolares de todo o Brasil. É autor também de “Zeros”, “O fundo do ar e outros poemas”, “Metalíngua”, “Seleta Esperta”, “Museu Desmiolado” e “Uakti: uma lenda Amazônica”. Com “Museu Desmiolado”, integrou a lista dos 30 Melhores Livros Infantis do Ano - Crescer 2012 e foi selecionado para o Catálogo Brasileiro para a Feira Internacional do Livro de Bolonha.

Os interessados em participar do encontro “Poesia em sala de aula” podem se inscrever gratuitamente pelo e-mail mimp.casaclaudiodesouza@museus.gov.br ou pelo telefone (24) 2245-3418.

A Casa de Cláudio de Souza, subunidade do Museu Imperial, fica na Praça da Liberdade, 247, Centro, Petrópolis. Além de receber eventos culturais, o espaço está aberto à visitação gratuita de terça a sexta-feira, das 11h às 18h.