quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A VOLTA - SONETO DO POETA FRANCISCO DELIANE





A VOLTA











Creia. Minha alma transbordou de mim
Agora anima a outro que já não sou eu
Fito-me no espelho e não vejo em mim
O homem cheio do amor que era só teu

Minha alma... creia, transbordou de mim
Esvaiu-se na dura desilusão da tua partida 
Ficou somente eu e a solidão neste palco
Onde em um dia glorioso vicejou a vida

Minha alma, creia, transbordou de mim
E perambula sempre a minha volta
Por não acreditar que chegou o fim

Do amor que espero voltar a minha porta
Porque o verdadeiro amor nunca tem fim
E haverá sempre o momento de sua volta



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